Preços do petróleo caem em baixa

O petróleo caiu mais numa semana, com um mercado de trabalho lento nos EUA agravando as preocupações de que a procura permanecerá fraca.

Os futuros em Nova York caíram 0,8% na quinta-feira, recuando de uma alta de cinco meses. Os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA aumentaram inesperadamente na semana passada, um mau presságio para o consumo de combustível, uma vez que milhões de americanos permanecem sem trabalho.

Ampliando a visão sombria de uma recuperação da procura, a acta da Reserva Federal dos EUA afirmou que a pandemia pesaria fortemente sobre a actividade económica. A OPEP+ também alertou numa reunião na quarta-feira que o ritmo da recuperação da procura era mais lento do que o esperado e corria o risco de uma segunda vaga prolongada do coronavírus.

Os contratos futuros de referência dos EUA recuperaram do território negativo em Abril, mas ainda estão a ter dificuldade em ultrapassar a faixa dos 40 dólares por barril. Embora os dados do governo dos EUA esta semana tenham mostrado uma diminuição dos stocks, o quadro da procura permanece obscuro à medida que os países lutam para conter o aumento das infecções por coronavírus. reduziu suas previsões de demanda global de combustível de aviação para agosto e setembro, citando um crescimento mais lento do que o previsto na Europa, Ásia e EUA

'Com todas as manchetes otimistas que’que vimos nas últimas semanas em relação aos estoques,' a falta de uma recuperação mais forte dos preços é um sinal preocupante, disse Tariq Zahir, membro gestor do programa macro global da Tyche Capital Advisors LLC. 'O petróleo bruto não consegue quebrar para cima e você’estamos em um mercado de contango, então o risco é negativo.'

Brent’O spread imediato - a diferença entre os preços do contrato do primeiro mês e o do mês seguinte - enfraqueceu para a sua estrutura de contango mais ampla desde Maio, sinalizando excesso de oferta.